A primeira proposta apresentada pelo Governo havia sido conceder o reajuste de 6,81% em cinco parcelas, de julho a novembro deste ano, mas a ideia foi rejeitada pelo Sinte. Diante da recusa, a SEEC elaborou quatro novas sugestões: reajuste parcelado de abril a setembro para todos; reajuste parcelado em junho (3%) e setembro (3,81%) para todos; reajuste de 3% em junho para todos, mais 3,8% em julho para ativos e mais 3,8% em setembro para os inativos; e reajuste de 6,81% em abril para ativos e parcelamento em 5 parcelas de 1% mais 1 de 1,8% entre os meses de abril a setembro.
De acordo com a secretária Cláudia Santa Rosa, as propostas do piso foram criadas com base na análise nos impactos financeiros que o aumento da despesa acarretará. A titular da pasta destacou que o parcelamento é uma forma de o Estado garantir que continuará pagando a folha dos que estão na ativa dentro do mês trabalhado, além do décimo terceiro salário e terço de férias.
“O RN é um dos poucos estados que, neste momento, discute a atualização dos vencimentos dos educadores, honrando, sem distinções, ativos e inativos. Esperamos que a categoria analise as propostas com abertura”, disse Cláudia Santa Rosa durante reunião com os professores na segunda-feira, 19.
De acordo com a secretária de Educação, o pagamento retroativo do piso aos meses de janeiro, fevereiro e março causaria um impacto de mais de R$ 13 milhões na folha de ativos e mais de R$ 22 milhões na de inativos. “Diante do atual cenário econômico, é inviável para o Governo pagar esse retroativo. Estamos trabalhando para que o reajuste seja pago de acordo com uma das cinco propostas apresentadas. Não adianta, por mais que também seja o nosso desejo, nos comprometermos o que não vamos poder honrar”, afirmou Santa Rosa.
Para José Teixeira, coordenador geral do Sinte, a decisão sobre as sugestões do Governo acontecerá em assembleia, mas a impressão da categoria é que as propostas são “insuficientes”. “São propostas difíceis de defender. Não há nenhuma negociação quanto ao pagamento retroativo do piso. A lei é muito clara: a correção do piso vale a partir do dia 1° de janeiro de cada ano. Com muita pressão, o Governo apresentou essas propostas. Caso a categoria não aceite as propostas, a tendência é declarar greve”, criticou o sindicalista.
A assembleia dos professores acontecerá nesta quinta-feira, 22, às 14h, na Escola Winston Churchill, na Cidade Alta.
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