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terça-feira, 20 de março de 2018

Estado apresenta propostas para que professores não entrem em greve

A Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC) apresentou ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte) quatro novas propostas de reajuste do piso salarial para que os professores não entrem em greve. A categoria se reunirá em assembleia na próxima quinta-feira, 22, para avaliar as sugestões.

A primeira proposta apresentada pelo Governo havia sido conceder o reajuste de 6,81% em cinco parcelas, de julho a novembro deste ano, mas a ideia foi rejeitada pelo Sinte. Diante da recusa, a SEEC elaborou quatro novas sugestões: reajuste parcelado de abril a setembro para todos; reajuste parcelado em junho (3%) e setembro (3,81%) para todos; reajuste de 3% em junho para todos, mais 3,8% em julho para ativos e mais 3,8% em setembro para os inativos; e reajuste de 6,81% em abril para ativos e parcelamento em 5 parcelas de 1% mais 1 de 1,8% entre os meses de abril a setembro.

De acordo com a secretária Cláudia Santa Rosa, as propostas do piso foram criadas com base na análise nos impactos financeiros que o aumento da despesa acarretará. A titular da pasta destacou que o parcelamento é uma forma de o Estado garantir que continuará pagando a folha dos que estão na ativa dentro do mês trabalhado, além do décimo terceiro salário e terço de férias.

“O RN é um dos poucos estados que, neste momento, discute a atualização dos vencimentos dos educadores, honrando, sem distinções, ativos e inativos. Esperamos que a categoria analise as propostas com abertura”, disse Cláudia Santa Rosa durante reunião com os professores na segunda-feira, 19.

De acordo com a secretária de Educação, o pagamento retroativo do piso aos meses de janeiro, fevereiro e março causaria um impacto de mais de R$ 13 milhões na folha de ativos e mais de R$ 22 milhões na de inativos. “Diante do atual cenário econômico, é inviável para o Governo pagar esse retroativo. Estamos trabalhando para que o reajuste seja pago de acordo com uma das cinco propostas apresentadas. Não adianta, por mais que também seja o nosso desejo, nos comprometermos o que não vamos poder honrar”, afirmou Santa Rosa.

Para José Teixeira, coordenador geral do Sinte, a decisão sobre as sugestões do Governo acontecerá em assembleia, mas a impressão da categoria é que as propostas são “insuficientes”. “São propostas difíceis de defender. Não há nenhuma negociação quanto ao pagamento retroativo do piso. A lei é muito clara: a correção do piso vale a partir do dia 1° de janeiro de cada ano. Com muita pressão, o Governo apresentou essas propostas. Caso a categoria não aceite as propostas, a tendência é declarar greve”, criticou o sindicalista.

A assembleia dos professores acontecerá nesta quinta-feira, 22, às 14h, na Escola Winston Churchill, na Cidade Alta.

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