Na ocasião, foi apresentada e debatida a campanha salarial de 2013, a pauta de reivindicações e o calendário de mobilizações da categoria. Os servidores também foram informados pelo Sindicato sobre a perda salarial da categoria nos últimos anos e as distorções na aplicação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), através de um levantamento feito pelo Sindsaúde.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindsaúde, Simone Dutra, a categoria está prejudicada, pois os salários são os mais baixos entre todos os servidores do Estado. “Há 14 anos a tabela de remuneração dos servidores está engessada. Os anos se passaram, a inflação aumentou e mesmo assim, os salários não acompanharam essas mudanças. Os servidores de saúde do Estado recebem bem menos que os servidores do Município e dos hospitais universitários desempenhando exatamente as mesmas funções ou até mais, e isso não é justo. Com isso, o que se vê hoje são servidores que chegam a receber um salário-base inicial de R$ 622, menos de um salário mínimo. Para complementar a renda muitos têm que exceder suas horas de trabalho, fazendo jornada dupla, porque não recebem um salário digno. Isso é um falta de respeito para com os servidores da saúde”, afirmou Simone.
Entre as reivindicações apresentadas na pauta, os servidores pedem extensão do salário-base, a revisão imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a mudança dos servidores que trabalham no prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), que alegam que o prédio está em condições precárias. Outra reivindicação incluída na pauta dos servidores é o cumprimento de uma tabela de qualificação.
Para a servidora Marilu Vieira, o fato de o Governo não cumprir uma tabela de qualificação que gratifique os servidores que buscam o aperfeiçoamento, é desestimulante. “Sou citotécnica e tenho nível superior, mas não recebo o referente à minha formação, ainda recebo como técnica. Tenho também diversos cursos específicos que fiz para minha qualificação profissional, e que influenciam diretamente na realização do meu trabalho. Infelizmente nada disso é levado em conta, você faz cursos e mais cursos, mas o Governo não te remunera de acordo com suas qualificações”, disse.
Todas as propostas apresentadas pelo Sindicato durante a assembléia foram aceitas pelos servidores e serão entregues para o Governo do Estado. A primeira mesa de negociações permanente com o Governo está marcada para o dia 29 de maio.
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