“Uma comissão de vereadores do município veio até Ministério Público para denunciar que a água está sendo retirada de um poço que, além de ter sido perfurado recentemente, estaria próximo a uma fossa”, disse o Promotor de Justiça em substituição legal, Paulo Roberto Andrade de Freitas, que instaurou inquérito civil para apurar a possível irregularidade.
Ainda segundo as denúncias, dos vereadores Edgar de Queiroz, Kasumaro Kened e Tércia Batalha, outra fonte de abastecimento para as escolas da rede pública estadual e municipal seria a própria barragem do município, inadequada para o consumo humano, segundo constatação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Por sua vez, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) constatou como inadequada a água do poço (perfurado na Praça da Matriz).
Caso as secretarias descumpram a notificação, incorrerão em crime de desobediência e improbidade por ter descumprido o dever de manter a salubridade da água fornecida à população, notadamente, para as crianças, adolescentes e adultos que frequentam as unidades de ensino. “A água nas escolas não é utilizada apenas para beber, mas também para preparar a merenda dos alunos”, observou o promotor de Justiça.
Ação civil pública
O abastecimento de água no município é alvo de ação civil pública contra o Estado do Rio Grande do Norte, o Município de Pau dos Ferros e a Caern. Ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca, a ação foi deferida parcialmente pela Justiça. Foi determinado aos requeridos que solucionem em conjunto o problema de abastecimento da localidade.
A ação pede a realização de obras que garantam a continuidade, pela rede canalizada, em definitivo, do abastecimento doméstico de água potável e da eliminação dos problemas enfrentados pela população: a água apresenta mau cheiro e cor escura.
A ação civil pública foi um desdobramento do inquérito civil nº 32/2012-1ª PmJ, instaurado para apurar eventual poluição da água, diante do odor frequentemente percebido na água distribuída para área urbana do município. A Promotoria de Justiça apurou que o mau cheiro seria resultado do tratamento insuficiente dado pela Caern à água, pois faltaria a etapa de decantação.
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