“Isso é mais uma demonstração da falta de prioridade do governo com os serviços públicos. Os serviços públicos não funcionam sem os servidores. O governo, para ser sério, deveria ter previsão, economia, organização financeira, para pagar o décimo terceiro, retirando todos os meses da receita para pagar o décimo até dia 30 de dezembro. Com certeza o mês de dezembro está comprometido, porque não se organizou. Tudo isso tem a ver com falta de compromisso e seriedade do governo”, afirma Simone Dutra, do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde. “Rosalba, queremos receber o nosso salário em dia. Porque o serviço continua funcionando e o trabalhador precisa receber o seu salário”.
Simone teme um problema maior e cita o caso dos terceirizados, que já está sem receber no prazo. “As pessoas não tem obrigação de trabalhar sem receber os salários. Vai acontecer o que acontece com os terceirizados, no quinto dia útil param, porque não têm salário. Até agora, os servidores terceirizados não receberam o décimo terceiro”, alerta. “Recebemos essa notícia com indignação, revolta e como mais uma demonstração de que esse governo precisa ter um fim antes do seu mandato, porque sequer consegue garantir o básico e o elementar, que é o pagamento dos servidores”.
CONFISCO
Simone Dutra afirma que o governo confiscou o repasse sindical, só liberando ontem depois que um mandado de segurança foi impetrado na Justiça pelas categorias. “A novidade é que o governo reteve os repasses de todos os sindicatos, só nos pagou ontem quando era para ter pago até o último dia útil. Ou seja, fez desconto dos servidores, e o dinheiro que era para repassar para os sindicatos, não repassou. Tivemos que entrar com mandato de segurança, porque até isso estão retendo”, denuncia Simone, acrescentando que os sindicatos atrasaram o pagamento de funcionários e de fornecedores por causa do governo. “Essa crise no governo vai além do Estado. Mostra a irresponsabilidade e a falta de compromisso completo com a sociedade como todo”.
Para 2014, segundo Dutra, a previsão é piorar. “As coisas só vão piorar. Em 2014 com Rosalba as coisas vão ser muito piores do que esses três anos. Por isso é importante que a sociedade se organize para pôr fim ao governo antes dos quatros anos”, insiste. Simone e outros cidadãos protocolaram um pedido de impeachment na Assembleia, mas a matéria foi arquivada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por falta de fundamentação jurídica. “Nós sabemos que tanto o Judiciário quanto o Legislativo precisam de uma força propulsora para que funcionem em favor dos trabalhadores. A população precisa ir a rua pedir a saída da governadora. As pessoas não suportam mais”, diz
Os sindicatos preparam para o início de 2014 uma mobilização para pedir a saída de Rosalba. “Estamos organizando um fórum para impulsionar a ação política, para pressionar o Judiciário e a Assembleia Legislativa, que precisam colocar em prática a possibilidade de entrar com novo pedido de impeachment. Achamos necessária a participação popular e a mobilização. A depender das instâncias normais do Judiciário e do Legislativo, as coisas vão ser resolvidas nos gabinetes, nos conchavos e nos acordos. Só a mobilização vai fazer que isso saia do lugar”, declarou.
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