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sábado, 24 de janeiro de 2009

Servidores podem entrar em greve e agravar situação da Saúde


Em meio ao caos da Saúde Pública, mais um fantasma poderá assombrar esse serviço: uma greve dos servidores estaduais. O motivo seria o descumprimento do acordo firmado e que deu fim à greve do ano passado, que durou 39 dias, com encerramento em novembro. De acordo com a dirigente do Sindisaúde, Sônia Godeiro, na ocasião, as negociações firmadas davam conta de que os servidores receberiam atrasados (variando de R$ 500 a R$ 1 mil), mais 3% em cima do salário, equivalente à mudança de níveis, previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, aprovado em junho de 2006 e em vigor a partir de 1° de setembro também daquele ano. A categoria está tentando resolver junto à Sesap, caso contrário, em 3 de fevereiro realiza assembléia. Segundo Godeiro, o Governo Estadual está pagando os atrasados dos funcionários da ativa e não está pagando aos aposentados que têm direito pela lei do PCCS, o que já é um outro ponto problemático, para ela.

Em dezembro saiu e janeiro também está previsto sair. Só que segunda-feira passada o Sindisaúde foi até a Secretaria de Administração para verificar como estavam os encaminhamentos e foram informados de que o secretário, Paulo César de Medeiros, não iria fazer a mudança de nível. Alegando que para fazer isso deveria ter uma emenda na lei da Assembléia Legislativa e, mesmo assim, ainda teria de fazer uma avaliação de desempenho de cada servidor, para poder dar os 3% de mudança de nível. "Isso é imoral. Ele voltou a fazer a mesma discussão de dois anos atrás. As mudanças de nível já eram para ter começado a ocorrer em junho de 2007 e serem concluídas em junho de 2008. Como ele nunca aceitou que a mudança fosse automática e tinha que haver essa avaliação de desempenho, então porque não criou uma comissão e não organizou essa avaliação para que ela fosse feita a tempo?", questionou a dirigente do Sindisaúde.

Imediatamente após saber do possível descumprimento do acordo entre a categoria e o Governo do Estado, o Sindisaúde procurou o secretário de Estado da Saúde Pública (Sesap), George Antunes, para que ele interceda junto à governadora Wilma de Faria, de modo que os servidores recebam os 3%. Godeiro informou que o Sindicato está aguardando alguma resposta do gestor da Saúde e adiantou que a previsão de assembléia geral será no dia 3 de fevereiro. Mas ela espera que o impasse seja resolvido sem a necessidade de se deflagrar uma greve.

O secretário Paulo César de Medeiros foi procurado. A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Administração informou que ele estava numa reunião e explicou que ele teria dito ao Sindisaúde que para os 3% de mudança de nível serem efetuados, antes da avaliação, seria necessário um projeto de lei junto à Assembléia Legislativa, de modo que pudesse ser liberado os valores do pagamento. No entendimento de Godeiro, essa seria uma "manobra" de colocar os 3% como abono e não incorporados ao salário base, além do que causar um atraso que não estava previsto nas negociações para o final da greve. A dirigente do Sindisaúde espera que a governadora ordene que seja feita uma folha extra, paralela à folha normal, sem que haja necessidade de ir para votação na AL.


fonte: DN online.

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