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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Nota do Sindsaúde à população sobre o fim da greve

Nesta terça-feira, 3, nós, servidores da saúde do Rio Grande do Norte, decidimos suspender a greve iniciada em 1º de agosto. Voltamos ao trabalho e permanecemos em estado de greve, mobilizados, pois não confiamos neste governo. Guardamos os nossos coletes, mas se o governo não cumprir o combinado, a greve pode voltar.

A nossa greve foi uma greve histórica, uma das maiores e mais fortes que a Saúde já fez. Nestes 34 dias, fomos às ruas, ocupamos a Sesap e ficamos durante 14 dias em frente à mansão da governadora Rosalba.

Somos guerreiros e guerreiras, dormindo em barracas, seguindo a governadora, marchando pelas ruas em defesa da saúde pública. O governo ameaçou cortar o ponto e o eventual, pediu a ilegalidade da greve e liberou o assédio nos hospitais. Os servidores – incluindo muitas chefias - resistiram à pressão. No final, o governo não só não recudou do corte do ponto, como ainda teve que se comprometer com a tabela correta do nosso plano.

A proposta do governo, enviada pela Sesap, atendeu parcialmente às nossas reivindicações. O governo se comprometeu finalmente com a correção da tabela do nosso plano de cargos. Isso foi uma vitória da nossa luta. No entanto, isso só estará em vigor a partir de março de 2014. O pagamento do percentual que os aposentados têm direito também só será feito a partir do ano que vem.

Para o Sindsaúde, o prazo longo apenas demonstra a falta de comprometimento deste governo com a valorização e o resgate dos salários dos servidores. O governo usou o discurso da crise financeira para não dar reajustes aos servidores públicos, quando na verdade há superávit nas contas do estado, que é usado para suas prioridades, como as obras da Copa do Mundo, a publicidade e o pagamento dos juros da dívida do estado.

Os servidores não lutaram só por salário, mas contra o caos na saúde pública do estado. Infelizmente, o governo não se sensibilizou com as reivindicações de nossa pauta em defesa da saúde. Não se pode ter um atendimento de qualidade, se faltam 220 técnicos de enfermagem, apenas no Hospital Walfredo Gurgel. A proposta do governo não garante praticamente nenhuma convocação para este hospital, assim como o Santa Catarina e o Deoclécio Marques. As convocações vão pouco além das necessárias para a retomada do Hospital da Mulher, em Mossoró, e para o Hospital da PM.
Os servidores continuarão trabalhando com sobrecarga e o atendimento continuará prejudicado.

Nestes 34 dias, não foram poucas as vezes em que se tentou relacionar a crise na saúde do estado com a nossa greve. A greve foi suspensa. E agora? Alguém duvida que centenas de pessoas continuarão morrendo todos os meses por falta de atendimento, por falta de medicamentos e de leitos? A população sabe muito bem que a responsabilidade do caos nos hospitais é dos governos, que não financiam a saúde pública. A verdade é que o caos na saúde no governo de Rosalba vai continuar, mesmo com todas as maquiagens que se possa inventar.

Saímos da greve ainda mais convencidos que precisamos lutar para derrubar o governo de Rosalba Ciarlini, um governo repudiado por 83% da população, responsável pelo caos no estado. Nossa greve ajudou a desmascarar esse governo. Mas, para podermos enfrentar o caos na saúde, é preciso retirar Rosalba de lá.

Nós servidores da saúde agradecemos o apoio que recebemos nestes dias, a solidariedade das demais categorias e da juventude. Nos sentimos vitoriosos por tudo o que fizemos. Saímos de greve, mas a nossa luta continuará todos os dias, pelo Fora Rosalba e pela defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade.

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