A história de Matias e Chicão bem que poderia estar em um livreto de
cordel. Amigos de infância, eles nasceram no mesmo sítio, no município
do alto oeste potiguar conhecido pelo nome de “Encanto”. Pais
agricultores, família numerosa que não cabe num alpendre. Poderiam ainda
estar na mesma lida se o destino não tivesse dado conta de injetar uma
boa dose de criatividade em suas vidas. Foram embora de casa no final
da adolescência, tentar uma vida diferente na cidade grande. Primeiro
um, depois o outro pegou o rumo de São Paulo.
Quase três décadas depois, Chico é o Chef Francisco Gameleira,
executivo de três badalados restaurantes do grupo Rubaiyat — Figueira
Rubaiyat (Haddock Lobo), Rubaiyat Alameda Santos e Faria Lima. E
Matias Carvalho, que saiu de Encanto aos 17 anos e deixou apenas a
saudade e um jumento, é atualmente o nome por trás do famoso Cabaña Las
Lilas, um dos mais conceituados restaurantes de Buenos Aires,
pertencente ao mesmo grupo Rubaiyat, fundado por Belarmino Fernandez
Iglesias.
Aliás, a trajetória de Belarmino poderia ser narrada nos mesmos
versos não fosse pela descendência diferente. Um espanhol da Galícia que
emigrou para o Brasil em 1951, começou a vida lavando pratos e
construiu o que se pode chamar de um império gastronômico de proporções
internacionais — seis restaurantes de alta gastronomia que atendem em
média quatrocentas pessoas sentadas cada um, possui 150 profissionais
trabalhando só no salão de uma das casas. São quatro restaurantes em São
Paulo, um na Espanha e outro na Argentina, uma fazenda, escola de
excelência para formar profissionais da gastronomia… o gallego viu São
Paulo virar metrópole, construiu um restaurante à sobra de uma figueira
de 130 anos e ensina, ele próprio, as artes de receber a quem chega em
seu restaurante pedindo emprego. Ao lado do filho, Belarmino Jr, são
referências em serviços e no alto padrão de carnes nobres e cozinha
mediterrânea espanhola. Em vez de comandar um batalhão de funcionários,
forma grupos de profissionais altamente valorizados que fazem carreira
dentro da própria empresa.
Quem diz é o próprio Matias: “Somos como uma grande família”, conta o maitre, que está de férias por aqui e só parou em Natal depois de matar as saudades na Festa de São Sebastião de Encanto. “Deixei o sertão mas ele não me deixou. Trabalho de terça a domingo em tempo integral quando estou em Buenos Aires, e já viajei muito, mas gosto de ir para o interior de férias, aquela coisa de juntar a família numerosa para um churrasco ou comer galinha caipira”, brinca. Filho de mãe professora, Matias conta que a mãe lhe encorajou a terminar o segundo grau em Pau dos Ferros. “Chicão foi primeiro a ir para São Paulo, depois fui eu”, diz Matias.
Quem diz é o próprio Matias: “Somos como uma grande família”, conta o maitre, que está de férias por aqui e só parou em Natal depois de matar as saudades na Festa de São Sebastião de Encanto. “Deixei o sertão mas ele não me deixou. Trabalho de terça a domingo em tempo integral quando estou em Buenos Aires, e já viajei muito, mas gosto de ir para o interior de férias, aquela coisa de juntar a família numerosa para um churrasco ou comer galinha caipira”, brinca. Filho de mãe professora, Matias conta que a mãe lhe encorajou a terminar o segundo grau em Pau dos Ferros. “Chicão foi primeiro a ir para São Paulo, depois fui eu”, diz Matias.
“Comecei minha vida profissional lavando panelas”, relembra Chef
Chicão, como prefere ser chamado o homem que hoje comanda os fornos mais
cobiçados da cidade de São Paulo e coordena uma brigada de mais de 50
profissionais só na cozinha do Figueira Rubaiyat. Três filhos, esposa
também de raízes potiguares, Chef Chicão diz que “chegou aonde queria”,
mas ainda quer fazer mais antes de um dia pensar em se aposentar. Da
mesma forma o Matias, maitre e gerente executivo do Cabanas Las Lilas,
três filhos nascidos entre SP e Buenos Aires, esposa potiguar e morador
do agradável bairro de Belgrano.
Além de conhecedor de vinhos, futebol e de boa gastronomia, Matias é lendário pela “onipresença”. Se um cliente está em São Paulo e vai para Buenos Aires no feriado, se surpreende ao ser recebido com aquele habitual sorriso do maitre. “Em datas especiais, feriados, trazemos uma verdadeira ‘tropa de choque’ de São Paulo ou fazemos o caminho inverso. Tudo para surpreender o cliente”, conta ele.
Além de conhecedor de vinhos, futebol e de boa gastronomia, Matias é lendário pela “onipresença”. Se um cliente está em São Paulo e vai para Buenos Aires no feriado, se surpreende ao ser recebido com aquele habitual sorriso do maitre. “Em datas especiais, feriados, trazemos uma verdadeira ‘tropa de choque’ de São Paulo ou fazemos o caminho inverso. Tudo para surpreender o cliente”, conta ele.
Chicão passou de copeiro a assistente de churraqueiro em pouco tempo.
Desempenhou diversas funções e chegou a estagiar no Uruguai e na
Espanha por alguns anos. Em 2001 foi convidado a integrar a chefia do
restaurante A Figueira Rubaiyat. Aprendeu a cozinha mediterrânea e as
artes das altas temperaturas com o argentino Francis Mallmann. É hoje
quem acompanha e executa receitas impecáveis de carnes nobres, como
bife de chorizo, o ojo de bife, pescados de España e receitas geniais
como o carpaccio de cogumelos, frutos do mar, como ostras, lulas e
mexilhões, paellas.
Já o restaurante comandado por Matias fica numa das áreas mais bonitas de Buenos Aires, Puerto Madero. Foi inaugurado em novembro de 1995, em sociedade entre o Rubaiyat e Cabaña, empresa argentina de atividade agropecuária de alta excelência. Tanto Matias como Chicão desbravaram os primeiros anos do Cabaña, que atualmente é formado só por brasileiros, da cozinha ao salão.
Já o restaurante comandado por Matias fica numa das áreas mais bonitas de Buenos Aires, Puerto Madero. Foi inaugurado em novembro de 1995, em sociedade entre o Rubaiyat e Cabaña, empresa argentina de atividade agropecuária de alta excelência. Tanto Matias como Chicão desbravaram os primeiros anos do Cabaña, que atualmente é formado só por brasileiros, da cozinha ao salão.
Amigo de Matias há vários anos, o diretor da revista Deguste, Benício
Siqueira, é suspeito ao falar sobre os dois: “A história deles é muito
bonita. São pessoas que vieram de uma vida humilde e venceram na vida.
Matias e Chicão estão num nível profissional e pessoal que pouca gente
consegue chegar no ramo da gastronomia”, diz Benício. Essa daí é peleja
para contar em mais de um folheto.
Tribuna do Norte/aoponto
Um comentário:
eu tambem fa fis parte deste grupo rubayat em são paulo trabalhei com o inesquecivel sr. MARTINS o qual hoge esta em memoria mas nos nossos corações , hoge mim arrependo ter saido deste grupo tão grandiozo de homens de bem eu REMULO
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