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terça-feira, 17 de abril de 2012

Ronaldo vê o Brasil fora da lista das três melhores seleções



O futebol apresentado pela Seleção Brasileira de Mano Menezes não está empolgando o ex-atacante Ronaldo. O Fenômeno, que disputou as Copas de 1994, 1998, 2002 e 2006 e hoje é membro do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial de 2014, acha que o País está "fora do pódio" das grandes seleções.


"Não estamos no pódio, mas acho que nos encontramos entre as cinco melhores seleções do mundo. Isso porque estamos jogando discretamente", disse ao site da Fifa, tentando adotar tom de confiança. "Nenhuma mudança é fácil e os jovens ainda precisam amadurecer. Não há motivo para desespero. Eles só precisam de tempo para os resultados aparecerem".

O maior artilheiro da história das Copas aponta Neymar como principal nome brasileiro na atualidade, com Ganso e Pato também em evidência. "São três talentos brasileiros muito jovens que se destacam nos seus clubes. Acho que o mais talentoso é o Neymar, que, com apenas 20 anos, tem uma habilidade incrível. Ele marca muitos gols e conquistou o Brasil. A experiência internacional que teve contra o Barcelona (no Mundial de Clubes) não foi boa, mas certamente foi um bom aprendizado. O Pato já demonstrou na Europa o talento que tem, e o Ganso também é muito bom, mas é necessário ter cuidado com as lesões", disse.

Para Ronaldo, ainda pode haver espaço para os experientes Kaká e Ronaldinho Gaúcho. O primeiro vem recuperando espaço no Real Madrid após sofrer com lesões no joelho e uma pubalgia, enquanto o segundo não faz temporada brilhante com a camisa do Flamengo.

"Eles são jogadores importantes, é claro. Com relação à função em campo, vai depender do momento e de poderem chegar à Copa do Mundo jogando o seu melhor futebol. Mas eles também têm um papel importante fora de campo. A experiência deles será fundamental dentro de um plantel tão jovem", opinou o Fenômeno, que encerrou a carreira no início de 2011, no Corinthians, e agora está mais habituado a falar sobre questões extra-campo.

O discurso sobre a organização do Mundial de 2014, como de costume, é otimista. "Estamos muito orgulhosos de receber a Copa do Mundo no Brasil. Vamos ter uma grande oportunidade de crescimento, o que é o mais importante para o povo em geral, porque haverá muito investimento em infraestrutura, aeroportos, estradas, hospitais e hotéis. Este legado, que ficará para a vida toda, só uma Copa do Mundo pode deixar".

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