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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Autismo: desafio e lição de vida para uma mãe

                                  
Lidar com uma criança autista não é tarefa fácil para uma família. A falta de informação e de como agir em determinadas situações aumentam as dificuldades diárias.

Apesar disso, Maria Antônia de Souza não lamenta nada. Pelo contrário. Ela tem muito orgulho de ser mãe de Adriano Agledson, de 33 anos, que tem paralisia cerebral e autismo. “Sou muito feliz por ter um filho especial e acredito que também sou uma mãe especial”, disse Dona Toinha, como é chamada pelos mais próximos, no Dia de Conscientização do Autismo, comemorado ontem, 2 de abril.

Os problemas de saúde que Adriano enfrentou ao longo da vida só deixaram a família mais unida. “Ele já passou por sete cirurgias, teve que retirar o intestino grosso; passamos 20 anos dentro de hospitais com ele, mas graças a Deus, de uns anos pra cá ele está muito bem, sem nenhum problema de saúde”, relata a mãe.

Na infância Adriano chegou a ser rejeitado em uma escola. Após o episódio, ele foi matriculado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) aos cinco anos de idade e permanece até hoje frequentando o local de segunda a quinta-feira.

“Ele tem evoluído bastante na Apae, com as terapias, as atividades que eles realizam. Hoje em dia eu e meu esposo sai para qualquer canto com ele, supermercado, médico e ele não dá trabalho nenhum, se comporta muito bem. Quando a gente vai em algum canto e não leva ele o pessoal fica perguntando por que ele não foi”, disse a mãe orgulhosa falando do filho que gosta de ouvir e danças músicas evangélicas no ritmo forró.

Nos momentos que precisou da ajuda do filho autista, Dona Toinha não ficou sem o apoio. “Fiz uma cirurgia há pouco tempo e ele me ajudava sempre trazendo um copo de água, alguma outra coisa que eu pedisse; se uma coisa cair no chão ele é o primeiro a correr pra ir apanhar”, conta a mãe.



APOIO – Nos últimos anos, o tratamento aos autistas tem melhorado e os casos têm aumentado. Esse aumento pode estar vinculado ao fato de que as pessoas estão mais informadas e conscientes e tem procurado ajuda em locais especializados.

“O diagnóstico tem sido mais cedo, as famílias estão prestando mais atenção aos sinais e tratando as crianças assim que descobrem”, disse Ozenira Araújo, pedagoga da Apae.

Frequentam a Apae 18 autistas com o diagnóstico fechado, com idades variando entre 6 e 33 anos. Outros atendidos pela instituição que tem Síndrome de Down ou outras doenças apresentam características de autismo, mas o diagnóstico não é conclusivo.

A terapeuta ocupacional Ana Cristina Franco lembra que a família tem um papel fundamental no tratamento. “Ela é quem lida diretamente com a criança todos os dias, sabe o que acontece dentro de casa. Ela é a base e não adianta só deixar a criança em um local e pronto. Ela tem que participar, se envolver, estar junto sempre”, destaca.

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