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quinta-feira, 8 de março de 2012

Maré alta adia início de obras

Com previsão de 2,6 metros, a maré de hoje, será a mais alta do ano e, por isso, adia o início dos trabalhos de reconstrução do calçadão da avenida Erivan França, na praia de Ponta Negra.
 

Calçadão da praia de Ponta Negra foi destruído devido à força do mar. As obras paliativas devem custar aos cofres da Prefeitura cerca de R$400 mil
 

De acordo com a tábua de maré que é divulgada no site da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte - https:// www.mar.mil. br/ cprn/ -, a maior preamar de 2012 atinge 2,6 metros por volta das 16h45. Já às 5h06 de amanhã, sexta-feira, a maré vai atingir 2,5 metros e só volta a este patamar às 5h47 do sábado, dia 10.

Durante os 60 dias de previsão da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para término das obras de restauração de cinco pontos do calçadão de Ponta Negra, a maré voltará a ter 2,6 metros às 16h23 da Sexta-Feira Santa, dia 6 de abril.

A Semsur informou que as obras de recuperação do calçadão de Ponta Negra vão custar cerca de R$ 400 mil e que em virtude da urgência, foi contratada emergencialmente a Construtora Vecon Ltda para a sua execução.

A Prefeitura do Natal também vai firmar parceria com os Departamentos de Geografia e Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para monitorar o comportamento do oceano na costa de Natal.

Para evitar que a maré alta leve o que resta dos trechos destruídos do calçadão, a Semsur informa que será feito um reforço com sacos de areia para enfrentar a ressaca.

A Semurb ficou de orientar de onde pode ser retirada a areia e colocada em Ponta Negra, principalmente nos pontos que não foram prejudicados pelo avanço do mar. A retirada da areia da própria praia, como os comerciantes e ambulantes vem realizando, não é recomendada já que prejudica a ação natural do mar. "É uma medida paliativa que precisa ser tomada neste momento, mas estamos focados numa solução definitiva para este problema ocasionado pela natureza", diz o secretário Luis Antônio Lopes.

Autor de uma tese de doutorado que serviu de base para construção de guias marítimos na praia de Areia Preta, a fim de conter o avanço e a ressaca do mar, o geólogo Eugênio Cunha diz que "essas obras de proteção costeira precisam de manutenção", como a de Areia Preta, que foi executada há dez anos, "e nenhuma revisão foi realizada até agora".

Eugênio Cunha disse que um guia também foi feito na Redinha Nova e, embora executado parcialmente, resolveu o problema. Ele lembra, apenas, que no caso de Areia Preta, havia a previsão de se urbanizar o guia marítimo, o que nunca ocorreu, a exemplo do que foi feito no guia da Redinha Velha, onde se construiu um passeio público, que hoje é usado por moradores, veranistas e turistas.

Cunha relembra que como se tratava de uma obra emergencial, os recursos vieram do Ministério da Integração Nacional (MIN), por intermédio da Defesa Civil.

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